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segunda-feira, 11 de junho de 2007

Ultima Estacão

Corrida incansável e insuportável.Caminho estranho e apertado.
Correndo como um corpo sendo jogado de um prédio eu me afastava...Sentado eu corria com minha mente...Mas ainda sim eu não fervia o bastante...Sempre acompanho com os olhos os movimentos...À volta sempre e dolorosa e lenta.Pule Rápido.
Correndo eu via de relance não muito rápido e sim lento...Partes de mim se soltando e ficando para trás.Como se fosse cada sensação que tinha sentido naquele momento sendo esquecida e sendo quase se não por inteira apagada.A velocidade não se media se sentia e minha garganta perdia ar, estava sufocado, a velocidade era forte o bastante para cortar o oxigênio.O tempo era leve e suave...O rosto da pessoa a que desejo se transfigurava desejando que estivesse ali para acudir-me.
Teorias que foram elaboradas seriam perdidas e sumidas no vasto espaço.Mas que importava?Eu já não lembrava delas, elas não tinham importância a mim.As palavras perderam seu valor perante a morte...E os pensamentos se tornaram à soberania naquele momento.Mais ainda tinha uns instantes...O bastante para escrever estas palavras como meu testamento.Testamento?Não tenho nenhum bem.

Preferi gastar meus últimos minutos olhando pela janela e observando o lento movimento do descarrilamento...E a curta gritaria que ouve ali.Concentrando e não sentir as dores deles...Eu pensava em meu mundo ordinário aonde vivi e quantos erros cometi...Quantas promessas não se concretizaram.A minha passagem foi comprada somente a um destino...Estou quase lá.Pensei de novo como poderia ter mudado se tivesse ido sem olhar para trás e ir a encontro dela...Poderia ter tido muitas felicidades e quem sabe talvez eu não estaria levando ela hoje no parque e tomaríamos sangria lá.E conseqüentemente ela estaria aqui junta e segurando a minha mão...Ao invés de eu estar segurando essa fria barra de metal.

Mas minha hora de descer está preste a chegar...E quem sabe eu consigo voltar...Vou esperar meu rosto virar cinza para não poder olhar para ele.Sinto vergonha.

Os rugido de ferro contra chão anuncia minha estação e minha chegada.
Sem medo me levantei e suavemente me jogo contra o vidro e vejo o que iria acontecer a mim.Agora posso fazer tudo que não fiz.Sou livre.

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