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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Preso no mundo dos homens.


Eu não sentia nem cheiro nem sabor.
Eu estava fora de mim.Fora do meu lugar.—Séria sensação de impotência em minhas veias...Não tinha nada a se fazer, não estava adequado a seus padrões...Ainda bem.
Não podemos fazer nada quando não estamos aonde fomos criados nem aonde se sentimos bem.—Não podemos comprar quando não temos dinheiro.

Um espelho que estava com pequenos furos que se podia ver diante dele o outro lado que se revelava.Um lado claro e sem nenhuma escuridão ao menos uma sombra.—Tentava ver o que ele me oferecia ou podia mostrar.O olhar da mira verdadeira, mas nem assim eu quis me levantar.Diziam as vozes em meus ouvidos...’’Lá fora faz um tempo confortável’’
Desejei não se mexer e ser imóvel.

Estava por volta dos anos 70 quando eu me desliguei e vim parar aqui nesse mundo...Cheio de hierarquias e invenções que nos trazem para o grande abismo.
Vim parar nesse mundo e nem sabia como lidar com suas funções e me vi em um mundo com solidões e incompreensões, afligindo todos que aqui estavam.
Acho que vim em meus sonhos e cheguei sem se lembrar do que havia passado no outro lado...Ainda se vê uns fechos de luzes e alguns vultos da outra vida.Mas nada se pode fazer para viver de novo...Apenas em algumas fugas de minha mente.Apenas tento voltar no tempo e viver em uma rua calma no numero 72...De onde nunca devia ter saído.

Ninguém não comenta nem ao menos lê meus rascunhos.

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